11 abril, 2009

Condenados





Não havia fome,a não ser aquela de um pelo outro.

Na geladeira apenas água,
que tomávamos em goles longos para refrescar todo ardor que nos ia por dentro.


Nenhum movimento,
a não ser o bailado de nossos corpos que acontecia na cama de lençóis limpos.


Tudo escuro,
poucas vezes víamos a luz do luar entrando pelas frestas da janela.

O silêncio se fazia presente,apenas cortado por suspiros e gemidos.

Esquecíamos do mundo e ele há muito havia esquecido de nós.


Éramos amantes
condenamos
a viver sós.


Denise


5 comentários:

O Profeta disse...

Para que a terra não trema
Para que esta Ilha seja de boa guarida
Mil e muitas ave-marias
Para iluminar tanta alma perdida

Em meu peito bate a fé
Sou um caminhante de muda revolta
Olhos presos a este manto verde
Alma que se ergue e fica solta


Boa Páscoa


Mágico beijo

Denise disse...

Grata pela visita Profeta

beijos

Denise

Maria disse...

Sim, querida, nós que amamos demais acabamos condenadas a viver sós, pois quando se troca a solidão pela convivência, caindo na tentação de não mais se ser só, ela na verdade não desaparece, apenas se transforma...em tédio.

Amemos, pois! E que a solidão apenas nos acolha para renovar energias...

Beijos!!!

Denise disse...

Energias sempre renovadas Maria

Saudades de você

Denise

José disse...

Pela tua foto

Por todas as fotografias, pelos
poemas.


por detraz das palavras à um talento
e um rosto belo e lindo que sorri
um coraração batendo loucamento
e um amor ardente, dentre de ti